e esse blog se tornou, como eu temia, um depósito de lamentações. porque, né? último post felizão (apesar do medo) e depois um grande hiato de um tempo feliz. feliz? é, não sei bem se essa é a melhor definição, mas vamos acreditar que sim.
pois bem, toda minha aflição e receio parecem ter tido um fundo de verdade.
tudo ia muito bem, muito bem mesmo... melhor do que nunca. eu estava praticamente anestesiada. deixei de guardar as coisas pra mim, dividi minhas maiores expectativas e sonhos com as pessoas mais próximas (ou não tão próximas assim). perdi um pouco o medo da reprovação e da possível desmoralização. quem me conhece bem sabe o quanto é difícil eu sair da minha toca e mostrar as coisas que realmente importam na minha vida. sempre quis ser muito reservada em relação aos assuntos que poderiam causar qualquer tipo de julgamento. nao sei lidar com isso, admito mesmo.
então eu me abri e falei sobre ele, sobre quem era, quem deixava de ser, o que eu gostava, o que eu diava, o que eu sentia, os meus planos, as histórias idiotas... contei o que tinha importância. mostrei o quanto eu estava ali, perdida no meio de um tiroteio de palavras bonitas e que vinham em boa hora, mostrei a minha vulnerabilidade.
com isso recebi mil conselhos, eu mesma me dei mais outros quinhentos, mas nada, N-A-D-A me faria mudar de idéia. por mais estranho, louco e irreal que fosse, pra mim era muito sólido.
todo mundo ja ouviu falar disso, eu já passei por isso mil vezes, eu devia saber.... nem tudo é como você quer e/ou imagina que seja. as pessoas te decepcionam.
uma promessa, duas, três promessas. a grande promessa eterna. tive de tudo, e a primeira e quase fundamental foi quebrada. morro de medo de estar sendo injusta mas o que não me sai da cabeça é que não estou querendo nada demais. na verdade me contentaria com bem menos do que foi combinado.
e la vou eu, me rebaixando, me colocando a disposição de tudo, me mostrando a pessoa mais vulneravel do mundo. logo quando nao devo, alias, nunca quis ser assim. a fraqueza nao deixa, sabe? eu tenho urgencias e ansias muito graves que me deixam pior do que se eu nao me colocasse em posições tão deprimentes.
o pior é ver só você se importar, só você sentir alguma falta, só você fazer questão do que já passou. é bem ruim também estar sempre em contato com o que te faz lembrar e sentir saudades.
no fim tudo o que me passa na cabeça são as piores, e infelizmente mais prováveis, hipóteses. já tou quase a me declarar derrotada, enganada, feita de idiota. tou sentindo as piores dores que já me habitaram, é péssimo ter um "i told you so" estampado na testa te fazendo lembrar o quão idiota e ingênua e vazia e estúpida e carente e idiota denovo e cega e surda e infantil e... e tudo mais eu fui.
ainda sou isso tudo, pq dentro de mim não se deixou apagar a chama que me faz ter esperança de que eu esteja sendo uma precipitada, uma mimada que quer tudo agora e não entende o outro lado, uma sei lá o que. mas ainda sonho (de verdade) com conversas conciliadoras, com os dias felizes e com as desculpas vindas de ambos os lados, se anulando e deixando no saldo apenas as boas coisas que ainda nos restam.
ele ainda está dentro de mim. é o padeiro, é o difícil de entender, é o capitão nascimento, é o comilão, é o ciumento, é o tarado, é o compreensivo, é a minha rehab, é quem me segura na hora de desespero, é o senhor das tostas mistas com fiambre e não presunto.
não tem tanto tempo desde o que aconteceu, mas definitivamente foram os dias mais desgastantes da minha vida. posso dormir 12h que não acordo bem, sou mal interpretada pelo meu modo de agir... tou impaciente e de mau humor? não. estou angustiada e triste, esperando um sinal de vida. vida não, pq sei bem q ele está lá, mas espero um sinal de reciprocidade desse sentimento. hei de ter um... hei de ter.

queria continuar a escrever, mas td ficou mais desconexo do que nunca. vou chorar na cama que é lugar quente.


essa foi mais uma transmissão bebada de ludmilla. que deus a tenha.



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