MIMIMI



É, esses últimos dias da semana estão sendo bem tristes. Isso que dá pensar demais, falar demais e ouvir o que você não precisava.
Minha psicóloga é tipo, bacana timais, mas quinta-feira a gente começou a falar sobre o quanto eu sou reatraída dependendo das pessoas que estão me cercando, da minha dificuldade de socializar, da minha intolerância (que já foi bem pior) com as pessoas. Aí surgiu o assunto "o chato da turminha". Pronto, um prato cheio pra eu descer a lenha nuns zés de algumas galeres que eu acho no mínimo insuportáveis. Falei, falei, falei. Discorri sobre os defeitos deles, sobre tudo que me irritava quando estava perto deles, o quanto eu tentava ignorar ou me mostrar desinteressada nas conversinhas moles.
Nossa, que beleza é falar mal dos outros. Meus tickets pro inferno já estão garantidos há tempos, então um pouco a mais ou um pouco a menos de chochação, tanto faz. Bora falar mesmo, escrotiza, ri e faz piadinha meixxxmo. Acho é pouco.
Opa! Peraí. Que atitude de fodona é essa? Será que num é meio isso que te irrita nas pessoas? AI MEU KOO! Como assim eu ando agindo assim e assado? Não só em relação a isso... mas a cara de cu, os braços cruzados, a falta de empenho pra puxar um papo, o medo de errar ou de ser considerada ridícula por alguma conversa torta (mas completamente verdadeira). Eu odeio tudo isso nos outros, mas me pego bilhões de vezes agindo da mesma forma.
Aí como faz? Sério que conversinha na psicóloga 1 vez por semana e essa força de vontade que eu tenho (que mais parece a força de uma pulguinha desnutrida) e sei lá o que mais que eu tenho, não resolverão meu problema. Eu vou continuar escrotinha e jacu da roça.
Agora na minha cabeça ficam dando cambalhotas umas idéias mirabolantes pra ser uma pessoa cool e simpática, cheia de papo, lotada de referencias e protna pra fazer amiguinhos na balada. Hoje eu juro que vou tentar, porém meio conformada com a possibilidade de dar MUITO errado.
A minha idéia principal é bem idiota e impossível, mas eu juro que tô na crise adolescente de "queria ser outra pessoa" e deixar essa carcaça mal cuidada e feia pra lá.


gësuiz mel amigu. aguda el. tol prissizandu d 1 corpitiu novu pa arazah con us gatinio!1!!11111!onze!1

Um comentário:

Luiza. disse...

Antes de qualquer coisa, dupRa, leia meu texto 'aparências'.
Eu também tenho uma psicóloga, em relação a isso ela diz que eu tenho que agir de acordo com a minha alma, cuidar de mim... fazer o que me faz bem, e quem não entender que tem problemas, eu sei quem sou e só eu posso me julgar.
É tão lindo que chega a ser poético, se as coisas funcionassem assim viveríamos num paraíso.
O fato é que quase sempre eu tenho certeza de que o que eu sou não importa, nem pra mim, nem pra ninguém. O que importa é como eu (acho) que sou vista, e tem toda aquela conversinha auto-ajuda de que o que você sente é o que transparece... blá blá blá..

O que eu tenho tentado fazer é manter o auto-controle, faznedo isso eu não me decepciono comigo mesma e isso já é grande coisa, meu sentimentalismo exacerbado já me rendeu muitos textos emos e a mesma psicológoa diz que se me faz mal, é melhor procurar ajeitar..

Mas tudo isso é papinho de terapeuta, que falam da gente de forma generalizada, o que sentimos não tem nos livros de psicologia, não tem nome nem dentro da gente.

:s

Lud, adorei esse texto, me identifiquei bastante, tentei escrever a mesma coisa e fiz quase duas páginas do word, queria ter esse poder de síntese.

rere

Beijos,